A sigla está ligada às práticas sustentáveis de empresas.
ESG é a sigla para Environmental, Social and Governance, ou Ambiental, Social e Governança, em português. E serve para medir as práticas de empresas nesses três campos. Atualmente, a preocupação com a sustentabilidade vem sendo levada mais a sério, tanto por gerar uma imagem positiva quanto pelos dados que demonstram que empresas que adotam práticas alinhadas com o meio ambiente conseguem se manter mais estáveis durante crises.
Como todos sabemos, a constante do mercado é a crise. E quando ela acontece alguns são favorecidos, enquanto outros são atingidos mais fortemente. Portanto, desenvolver estratégias que permitam a sobrevivência de um negócio durante crises é sempre bem-vinda.
O último relatório da ESG Investment Observatory, publicado em março de 2021, mostrou que a pandemia da Covid-19, junto com a crise econômica e social impulsionou a adoção de medidas de cuidado com os aspectos ambientais, humanos e estrutural da empresa. Desenvolver essas medidas também favorece investimentos.
Como aplicar ESG?
Cada letra da sigla está relacionada a diferentes práticas a serem adotadas. Sendo assim, o ‘E’ se conecta às práticas de menos transmissão de carbono, plantios, redução de resíduos, descarte correto de lixo, reciclagem. Ações que busquem menor impacto no meio ambiente e contribuição para a biodiversidade.
Já o ‘S’ se relaciona a ações direcionadas às pessoas, por isso tendem a ser de responsabilidade do RH dentro das empresas. Como o acolhimento da diversidade na equipe, respeito aos direitos humanos, cuidado com a proteção e privacidade de clientes, assim como de funcionários, cumprimento das leis trabalhistas, satisfação dos clientes.
Por último, o ‘G’ inclui medidas internas da empresa. Como a abertura para receber denúncias, organização do conselho administrativo, relação com outras entidades, remuneração.
O que muda com a ESG?
Ao adotar essas medidas as empresas adquirem um alto grau de melhoria nos processos internos e dos relacionamentos externos. Assim, elas ficam mais preparadas para adversidades, com uma base sólida com sua equipe, uma estrutura administrativa fortalecida e práticas sustentáveis que também reduzem gastos.
Essas práticas também atraem investidores, por isso, muitas empresas acabam divulgando informações imprecisas sobre a ESG. Com o objetivo de fiscalizar a veracidade desses dados foi criado em maio de 2020 o Sustainable Finance Disclosure Regulation (SFDR), órgão que regulamenta as análises das divulgações sobre finanças sustentáveis na Europa.
É possível que a partir disso outros órgãos surjam mundialmente, já que muitas empresas estão começando a adotar a ESG. Muito mais do que modismo, essas práticas são uma orientação de gestão saudável. Também no setor imobiliário as empresas estão começando a investir mais em práticas ESG.