O Índice Geral de Preço – Mercado (IGP-M) avançou 2,94% em março, após subir 2,53% em fevereiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 30. O avanço faz o indicador usado como base para o reajuste do aluguel acumular alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses. Em março de 2020, o índice havia subido 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses. Todos os índices que compõem o IGP-M registraram avanços, puxados principalmente pelo aumento dos combustíveis e itens da construção civil. O índice ao produtor, os aumentos recentes dos preços das matérias-primas continuam a influenciar a aceleração de bens intermediários (4,67% para 6,33%) e de bens finais (1,25% para 2,50%). Além disso, os aumentos dos combustíveis também contribuíram para o avanço da inflação ao produtor e ao consumidor
Além de influenciar os preços do mercado imobiliários, o IGP-M é usado como base para reajustes inflacionários de companhias telefônicas e energia elétrica, e também é um dos indexadores para contratos de prestação de serviço, educação e planos de saúde. Em comparação, o IPCA, o indicador oficial da inflação brasileira, acumulou alta de 5,2% nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro. A disparidade entre os dois indicadores é explicada pela fórmula da conta: enquanto o IPCA leva em conta a variação de nove itens de consumo e bens, como alimentação, transporte e educação, o IGP-M é o resultado do IPA, IPC e INPC. Além de levar em consideração itens de bens e serviços, o indicador da FGV também considera matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil, e também itens de commodities, como milho, soja e minério de ferro, que possuem grande influência da variação do dólar.