Com o novo aumento do índice alguns negócios se tornaram desvantajosos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é responsável por medir a inflação de produtos e serviços relacionados ao consumo pessoal. Atualmente esse índice de preços coleta abrange famílias com rendimentos entre 1 a 40 salários mínimos. Nos últimos tempos houve uma disparada no IPCA, com sua chegada ao patamar mais alto desde 2016.
Em 2020 o mercado migrou para o IPCA por conta do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM). A estimativa dos economistas consultados pelo BC semanalmente, divulgada na última segunda-feira (25/10), aposta que o índice feche este ano em 8,96%. Um aumento de quase 0,30% em relação à última estimativa divulgada.
Influência do IPCA no valor do aluguel
O comportamento do preço médio de imóveis residenciais é registrado pelo Índice FipeZap de Locação Residencial. O mês de setembro registrou alta de 0,52%, seguindo o aumento de 0,37% no mês de agosto. Considerando o valor acumulado até o mês de setembro, houve alta de 1,80% em 2021, mantendo o preço do aluguel de imóveis abaixo da inflação, resultado do IPCA (+6,90%) e pelo IGP-M (+16%).
O Índice FipeZap de Locação Residencial monitora 25 cidades, todas acumulam alta, dentre as capitais a exceção foi Brasília, que registrou queda de -0,36% no preço médio de locação. O mês de setembro registrou preço médio de R$ 30,29/m². Essas alterações reduziram o retorno do aluguel para os proprietários e investidores, quando analisamos o valor anual.
Influência do IPCA na venda de imóveis
No ano passado, os altos níveis do IGPM levaram à mudança para o IPCA nos contratos de financiamento imobiliário. Com a alta do IPCA, a Taxa Referencial (TR) está na mira. Essa troca pode ocorrer porque a soma do IPCA é mais alta que o TR, que está zerada.
Com o IPCA acima dos 10% passa a ser desvantajoso usá-lo em contratos. E no acumulado de 2021 de janeiro a setembro o IPCA acumula 10,25%, impactando nas prestações, que costumam ser fechadas em décadas. Essa preocupação aflige compradores e o mercado financeiro, por conta da perda de atratividade do IPCA.