O superendividamento de incorporadoras na China preocupa o mercado imobiliário e financeiro.
O mercado chinês pode estar perto de sofrer a explosão da bolha imobiliária. Desde que novas regras do governo começaram a valer no ano passado, dificuldades foram sentidas por uma das maiores imobiliárias do mundo. A situação preocupa o mercado financeiro, que teme consequências mundiais caso nada seja feito.
As medidas adotadas na China visam evitar níveis de superendividamento na economia, especialmente no setor imobiliário. A Evergrande desde sua fundação, em 1996, vive financiando seus negócios através de empréstimos e financiamentos. Portanto, está sentindo mais fortemente as consequências dessas mudanças.
Na última terça-feira (05 de outubro) outra a incorporadora imobiliária Fantasia Holdings deixou de pagar uma dívida, assim como a Evergrande. A Fantasia possui cerca de US$ 4,7 bilhões em dívidas locais e offshore, enquanto a Evergrande deve US$ 27,6 bilhões. Apesar de ter títulos de menor rendimento, o sinal de alerta continua aceso no mercado mundial.
Impacto no mercado financeiro
O risco de calote abrange empreiteiros, fornecedores, bancos e outras entidades que concederam empréstimos ao grupo Evergrande. O que pode gerar graves consequências para o sistema financeiro.
As dívidas envolvem cerca de 300 credoras de empréstimos da Evergrande. Uma empresa que sempre manteve um alto nível de endividamento desde sua fundação. Por isso, há uma certa expectativa para que o governo chinês tome alguma medida de auxílio à empresa.
Há um risco de que se nada for feito a situação da Evergrande poderá desencadear uma onda de quebradeira, contaminando o setor financeiro. Com a sequência do não pagamento da Fantasia Holdings, esse medo parece estar se confirmando.