Será que vai faltar imóvel no mercado?
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Será que vai faltar imóvel no mercado?

Lançamentos não conseguem acompanhar a demanda brasileira.

Os resultados das vendas de imóveis no segundo trimestre de 2021 revelam um novo aumento. Segundo relatório divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com dados de 162 municípios de todas as regiões do país, constata o aumento de vendas e lançamentos no Brasil. Mas os lançamentos parecem não estar acompanhando a demanda atual.

As vendas de casas e apartamentos novos alcançaram 65.975 unidades e os lançamentos de imóveis residenciais 60.322. Com uma nova redução nos estoques de propriedades. Comprar um imóvel deve continuar sendo vantajoso, porém, o que preocupa é um possível entrave na demanda.

O estoque dos imóveis na planta, recém-construídos e em obras chegou a 180.007 unidades, uma redução de 7,1% na comparação anual. Em relação aos números do primeiro trimestre deste ano, houve uma subida de 7,2% nas vendas de imóveis nos últimos três meses.

No caso dos lançamentos houve aumento de 51,3% neste segundo trimestre, em relação ao anterior. No entanto, essa relação entre oferta e demanda está se desequilibrando. Há uma possibilidade de paralisação de obras da Casa Verde e Amarela, por conta do aumento nos preços dos insumos da construção civil.

Demanda continua alta, enquanto oferta de imóveis cai

Em 2019 o déficit habitacional do Brasil chegou a 5,877 milhões, segundo dados da Fundação João Pinheiro (FJP). Esse estudo leva em conta os domicílios rústicos, domicílios improvisados, unidades domésticas conviventes com déficit, domicílios identificados como cômodo e domicílios identificados com ônus excessivo de aluguel urbano.

Também foi identificado que mais mulheres estão responsáveis pelos domicílios caracterizados com déficit. A inadequação de domicílios urbanos também é um problema que foi identificado pelo estudo, que revelou um total de 24,894 milhões de domicílios inadequados.

CONFIRA:  Vantagens de comprar imóvel na planta

Existe alguma possibilidade de aumento nos preços dos imóveis devido a essa redução de imóveis disponíveis. Em contrapartida, as taxas de juros para financiamento devem continuar em níveis baixos. Não é esperado que a Selic alcance dois dígitos novamente, e atualmente existem mais maneiras de conseguir financiar um imóvel.

Os preços dos insumos da construção civil dispararam com a alta do dólar, o que também prejudica as incorporadoras e construtoras. É um momento em que o incentivo para a retomada sólida da economia pode fazer toda a diferença para o setor continuar se desenvolvendo.